Sempre gostei muito de cachorros, e já trabalhava com criação, de malteses, mas foram aumentando os cachorros na casa, porque eu acabava ficando com alguns filhotes. Em junho 2008, tive a idéia, porque não um hotel para cães sem gaiolas? Espaço eu tenho em casa, e muito, teria que fazer somente algumas pequenas reformas. Imaginei os cachorros correndo, felizes, no meio do gramado, mas fiquei na dúvida se iria dar certo. Tinha experiência com os meus cachorros, e não dos outros, e não sabia como começar. Fiz um texto no word, imprimi 10 páginas e entreguei na vizinhança, nas caixas de correio, e alguns dias depois recebi o primeiro telefonema, fiquei até surpresa, não esperava que seria tão rápido, e logo hospedei as primeiras clientes, a "mona e a liza", duas poodle lindas, a mona, mais reservada, idosa, não gostava tanto de brincadeiras, era só dormir, e a liza, super brincalhona, a única cachorra que pegava as bolinhas e entregava na mão da gente, nunca vi uma cachorra tão inteligente. Com elas, animei, e mandei fazer panfletos na gráfica, eu mesma entreguei, em vários bairros, tive ajuda de minha amiga Betânea no início, que me ajudou a entregar os panfletos, e nos divirtíamos entregando no trânsito. Como estava perto das férias de julho, resolvi investir nas entregas, e teve o retorno, vários cachorrinhos para julho. Mas tinha ainda o problema com as instalações. Tivemos que dividir a área do quintal, para não ter perigo dos cachorros fugirem e cair na piscina, e meu irmão fez uma cerca de tela, mas depois de alguns meses, foram destruídas pelos cachorros, a tela não é nada para os cãozinhos danados e pentelhos. Depois fizemos com madeira, também não funcionou, e por fim, tijolos, e portão de ferro, bem alto, impossível para os salteadores pularem, e a história da área dos cachorros é essa, a casa dos três porquinhos, tela, madeira e tijolos.
Mas o interessante de trabalhar com os cachorros é conhecer cada tipo de temperamento. Tem os brincalhões, que não estão nem ai para os donos quando vão embora, e muito menos quando chegam, eles querem é ficar na bagunça, brincando com os outros, como são a maioria de apartamento, quando eles veem o espaço, a grama, os outros cachorros, ficam loucos, são como crianças, saem daqui mortos de cansados, e só querem dormir quando chegam em casa. Esses brincalhões, são os hóspedes que sempre voltam, seja como creche ou hotel, e quando chegam no portão já começam a latir, querendo que abre.
Também tem os cãezinhos mais carentes, que querem colo, e outros que detestam cachorros, que pensam que são gente, o que fazer? Primeiro tento socializar com os outros, muitos consigo, mas tem uns que são impossíveis, e acabam ficando dentro de casa, sem sair no quintal, mas são raros, geralmente eles ficam bem com os outros, mas de maneira nenhuma deixamos eles sofrerem, e se não ficam bem com os outros, tentamos deixar somente com pessoas, quando é período de temporada, podem ficar juntos uns 5 ou 6 dentro de casa, mas como estão sempre vendo pessoas, estão bem, mesmo não gostando de cachorros, e tem alguns que ficaram dentro de casa, que ficaram os 2 primeiros dias só na própria caminha, saindo somente para as necessidades e comer e beber agua, ignorando todos, mas depois, sentem que não é tão ruim assim, e começam a se aproximar, por eles mesmos, não forçamos nada, deixamos a vontade, e no final acabamos amigos.
Cada cachorro tem uma história, não tem como falar de todos, pois tem muitos, mas vou tentar o máximo de hóspedes possível, como eles são e postar algumas fotos.
Patricia
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